Citação:

"Ora afinal a vida é um bruto romance
e nós vivemos folhetins sem o saber."

- Sweet Home, Carlos Drummond de Andrade

Sobre o blog:

Narração dos fatos da vida de um universitário, aspirante a escritor de prosa e verso. Nesse passeio, o cotidiano, a amizade, a cidade natal, o amor e temas metafísicos ganham um enfoque literário sob a visão de quem escreve.

Sobre mim:

Meu humor atual - i*Eu!

Nome: João Francisco Amorim Enomoto
Nascimento: 20/10/1984
Idade: 21 anos
Estuda: Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP - Curso Bacharelado em Ciências da Computação
Família: Sandra, mamãe; Lumi, irmã; Pedro, irmão caçula.
Inspirações literárias: Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa, José Saramago, George Orwell, Clarice Lispector, Machado de Assis, Pablo Neruda, Italo Calvino.
Ouve: MPB, Bossa Nova, Samba.
Gosta: de todos os amigos que tem, ouvir música, sair com os amigos, filosofar, escrever, ler livros de computacao e literatura em geral.
Não gosta: gente egoísta, egocêntrica ou limitada na maneira de pensar.
Lendo: Um livro aqui, outro acolá.

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terça-feira, maio 16, 2006

Rosas brancas

Todas as minhas lembranças com rosas brancas são sutis, são melancólicas pelo passado, são um gosto raro de quem experimentou algo saboroso e quer repetir o prato. Quando lembro as rosas brancas, lembro nomes rostos corpos, e por isso elas tem uma frangrância triste na minha lembrança. Mas o símbolo da rosa branca, toda vez que presenteei alguém com uma, nunca me fugiu a cabeça. Dou rosas brancas como um símbolo de amor incondicional, um desejo de graça, paz e prosperidade. Não é uma questão étnica dizer que o branco simboliza a paz, a cor da paz é aquela que vemos num momento de tranquilidade, e eu já tive dias claros e noites estreladas infinitamente calmos. Quando compro as rosas a serem dadas, mentalizo isso, toda a beleza que não se vê e se dobra na pétala de uma rosa branca. Por isso a rosa branca leva lágrimas aos olhos de quem as vê, pois é um símbolo concreto do invísivel, de uma planta que é semeada no coração e não cresce (cresce o sentimento). As rosas brancas são uma maneira de dizer sem rodeios, um inalcançável nível de coesão textual, o quão especial uma pessoa é. Nunca tive vergonha de portar rosas brancas no metrô, na rua, porque sabia que as pessoas sabem o que é ter alguém que mora no coração, eu apenas colocava o meu coração para fora na forma daquelas rosas. As rosas brancas são a minha maior lembrança.

E nesse momento, eu quero mistura um desejo de paz com uma lembrança tão terna e uma exaltação das coisas belas. Não lhe darei rosas brancas, leitor, pois nosso meio de comunicação nos impede. Mas deixo uma beleza de rosas brancas, e que a paz, o amor e suas melhores lembranças o acompanhem junto desse poema musicado:

Conjugação da ausente
Vinicius de Moraes

(...)

Tua graça caminha pela casa
Moves-te blindada em abstrações, como um T. Trazes
A cabeça enterrada nos ombros qual escura
Rosa sem haste. És tão profundamente
Que irrelevas as coisas, mesmo do pensamento.
A cadeira é cadeira e o quadro é quadro
Porque te participam. Fora, o jardim
Modesto como tu, murcha em antúrios
A tua ausência. As folhas te outonam, a grama te
Quer. És vegetal, amiga...
Amiga! direi baixo o teu nome
Não ao rádio ou ao espelho, mas à porta
Que te emoldura, fatigada, e ao
Corredor que pára
Para te andar, adunca, inutilmente
Rápida. Vazia a casa
Raios, no entanto, desse olhar sobejo
Oblíquos cristalizam tua ausência.
Vejo-te em cada prisma, refletindo
Diagonalmente a múltipla esperança
E te amo, te venero, te idolatro
Numa perplexidade de criança.

Postado por Little John às 22:45.