Citação:

"Ora afinal a vida é um bruto romance
e nós vivemos folhetins sem o saber."

- Sweet Home, Carlos Drummond de Andrade

Sobre o blog:

Narração dos fatos da vida de um universitário, aspirante a escritor de prosa e verso. Nesse passeio, o cotidiano, a amizade, a cidade natal, o amor e temas metafísicos ganham um enfoque literário sob a visão de quem escreve.

Sobre mim:

Meu humor atual - i*Eu!

Nome: João Francisco Amorim Enomoto
Nascimento: 20/10/1984
Idade: 21 anos
Estuda: Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP - Curso Bacharelado em Ciências da Computação
Família: Sandra, mamãe; Lumi, irmã; Pedro, irmão caçula.
Inspirações literárias: Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa, José Saramago, George Orwell, Clarice Lispector, Machado de Assis, Pablo Neruda, Italo Calvino.
Ouve: MPB, Bossa Nova, Samba.
Gosta: de todos os amigos que tem, ouvir música, sair com os amigos, filosofar, escrever, ler livros de computacao e literatura em geral.
Não gosta: gente egoísta, egocêntrica ou limitada na maneira de pensar.
Lendo: Um livro aqui, outro acolá.

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terça-feira, novembro 22, 2005

Nossa canção

Ouvidos bem atentos para ouvir uma música. Ao som de uma dessas baladas que aquecem os corações e dá vontade de afastar os móveis e dançar bem discretamente, no espaço de uma sala. Os pés mexendo na cadência do coração, no ritmo tão pouco definido e perceptível de uma música que age como um remédio na circulação das veias e artérias, e causa a taquicardia.

Nos seus ombros nus, mechas perdidas de um cabelo repicado e curto, com cheiro de recém-lavados. Tão bom! Minhas mãos nas suas costas te abraçam, acolhem, e meu corpo deseja tanto que fossemos apenas um, para que eu tivesse volume suficiente para abrigar tanto coração, tanto amar. Meus lábios te beijam sutilmente, ao passo de uma dança tão calma, ideal para dois.

A letra da música tem um quê de triste, de sozinha. Mas é nessa solidão que nos damos conta o quão importante a presença do outro é nas nossas vidas, inclusive a nossa própria presença, pois naquele momento devemos ser dois, fatalmente. Uma música que fala do adeus e do reencontro. Afinal, o amor é isso: uma metáfora para a vida, onde (nos) encontramos e (nos) perdemos.

As baladas de épocas antigas, como nunca se ouviu nos dias de hoje. Como se toda a música tomasse um novo sentimento no coração das novas gerações. Somos os nossos pais, com outra história, novos amigos, novos amores. Mas a música acaba sendo a mesma, uma questão muito complicada de se explicar. Usem as palavras mais diversas, dêem as mais várias explicações.

E ao final da música, realizamos que não somos nada além de uma história reescrita, prevista por um adivinho místico que possui nossas cartas em suas mãos e dita sutilmente os nossos passos por essa dança. E nada disso é novo: nós, essa música, esses passos, nosso futuro, quiçá. Mas pobre daquele que crê cego nisso tudo, pois no fundo, somos nós dois que dançamos a nossa canção.

Postado por Little John às 20:57.