Citação:

"Ora afinal a vida é um bruto romance
e nós vivemos folhetins sem o saber."

- Sweet Home, Carlos Drummond de Andrade

Sobre o blog:

Narração dos fatos da vida de um universitário, aspirante a escritor de prosa e verso. Nesse passeio, o cotidiano, a amizade, a cidade natal, o amor e temas metafísicos ganham um enfoque literário sob a visão de quem escreve.

Sobre mim:

Meu humor atual - i*Eu!

Nome: João Francisco Amorim Enomoto
Nascimento: 20/10/1984
Idade: 21 anos
Estuda: Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP - Curso Bacharelado em Ciências da Computação
Família: Sandra, mamãe; Lumi, irmã; Pedro, irmão caçula.
Inspirações literárias: Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa, José Saramago, George Orwell, Clarice Lispector, Machado de Assis, Pablo Neruda, Italo Calvino.
Ouve: MPB, Bossa Nova, Samba.
Gosta: de todos os amigos que tem, ouvir música, sair com os amigos, filosofar, escrever, ler livros de computacao e literatura em geral.
Não gosta: gente egoísta, egocêntrica ou limitada na maneira de pensar.
Lendo: Um livro aqui, outro acolá.

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sexta-feira, outubro 03, 2003

Meu nome é João

Comecei a ler Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, mas caso eu comece a comentar a obra metade não vai entender e outra metade não vai saber o que comentar.

Sejamos então um pouco mais objetivos e falemos sobre assuntos que porventura venham agradar ao leitor. Discutamos as diretrizes da arte moderna, enfoquemos mais especificamente a literatura. Essa discussão começou ao ler o Manifesto Individualista no blog do Blog do Gordo, o qual traduziu meu pensamento sobre a arte atualmente. Serei bem sincero: não creio que ainda vivamos o Modernismo, como dizem alguns autores, senão a ampla maioria deles. Arriscaria dizer que hoje vivemos a fase Capitalista da literatura: escreve-se para as massas e o que as massas querem. Claro, existem bons escritores ainda, mas estes constituem uma camada bem pouco expressiva e eu não consigo ver um manto que cubra esses escritores sob uma mesma temática, linha de raciocínio, ou ideologia.

O Modernismo morreu há uns bons anos e esqueceram de enterrar.

Creio que a camada literata da população exige uma diretriz. Faz-se necessário um novo momento literário que expresse uma crítica a sociedade consumista e massificada. É preciso mostrar a eles que o mundo não se encaixa na limitada caixa de uma televisão, a verdade não esta na voz dos âncoras de telejornais, a literatura não é uma prostituição. É revoltante ver como as pessoas preferem assistir um filme num cinema a ver uma peça num teatro. Não que o cinema não seja algo legal, mas as pessoas precisam ser críticas para não serem massa. A hipocrisia esta no seu apogeu, a miséria humana atinge o clímax. Nossa existência foi otimizada para uma melhor produção e acúmulo de capital.

A discussão começa a fugir da literatura para um aspecto mais geral. Isso é algo normal, visto que a literatura, antes de mais nada, é o reflexo da sociedade e sua história. Abaixo a aristocracia. Não quero saber do lirismo que não é libertação.

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Meu nome é João

Meu nome é João
Meu nome é João da Silva
Meu nome é João Almeida dos Santos Prado
Meu nome é João Alemão

Meu nome é João Guimarães
Meu nome é João Cabral
Meu nome é João Camões
Meu nome é João Goulart

Meu nome é João
Meu nome é Antônio
Meu nome é João

Meu nome é João
Meu nome é João-ninguém
Meu nome é João bobão

Postado por Little John às 23:13.