Crônicas, Poesias e Estórias de um João

sábado, abril 17, 2004

Nostalgia

Se essa rua fosse minha

Se essa rua se essa rua fosse minha
Eu mandava eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes
Para o meu para o meu amor passar

Nessa rua nessa rua tem um bosque
Que se chama que se chama solidão
Dentro dele dentro dele mora um anjo
Que roubou que roubou meu coração

Se eu roubei se eu roubei seu coração
Tu roubaste tu roubaste o meu também
Se eu roubei se eu roubei seu coração
É porque é porque te quero bem

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Há muito tempo eu estava a procura dessa música. Lembro que minha mãe cantava para eu ninar, quando era pequeno. Para emplacar poderia colocar um poema do Casimiro de Abreu e as lembranças da infância seriam um mundo. E então eu lembraria de tudo que Guimarães escreveu sobre a minha infância que não vivi. E escreveria algo, tão pouco coeso como se eu estivesse no primário, e admiraria as histórias da carochinha, e recitaria de novo em tom musicado todos os poemas do meu primeiro livro de poemas "A Arca de Nóe", do eterno poetinha.

Do efêmero para o eterno: algo nunca mudou em mim. Meu Deus, eu amo como as criancinhas...

Postado por Little John às 16:43.

sexta-feira, abril 16, 2004

Nem tudo que se escreve quando se está ébrio é uma verdade

É. Um pouco de álcool e as idéias começam a aflorar a pele, de uma maneira mais confusa que o próprio fluxo de pensamentos que forma nossa cabeça. Fato é: não gostei do que escrevi, não pelo conteúdo, mas pela forma que foi escrita. Portanto, nada mais justo o autor poder deletar (queimar, destruir, rasgar, depende de cada um) a obra que não lhe interessa ou convém aos olhos de outrém.

Se vos consola, a música logo abaixo é muito bonita.

Postado por Little John às 22:29.

quarta-feira, abril 14, 2004

Valsinha

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

(Chico Buarque / Vinícius de Moraes) - 1970

Postado por Little John às 21:01.

domingo, abril 11, 2004

Prefácio de uma obra no dia de Páscoa

Por partes, por partes. Uma feliz Páscoa para todos vocês, que lêem este blog e os que não lêem também. Para os católicos, Páscoa é o renascimento de Cristo mas há uma simbologia maior por trás desse domingo: o nosso renascimento. Embora todos os dias sejam novos dias, que hoje se faça uma renovação dentro de cada um de vocês. Chocolate é mera parte dessa comemoração, não o motivo dela! Juízo!

Outro recado a ser dado nesse domingo (e só decidi dizer isso pois a Gabi já ficou sabendo) é que eu estou escrevendo um livreto de poemas. Não há de ser algo glamouroso, algo totalmente pessoal e limitado a quem gosta de poesia e quem gosta de mim enquanto poeta. Os versos serão um pouco melhor trabalhados, não aquele descarrego emocional de sempre que se vê por aqui. Haverá poemas de todos os tipos e em todos os estilos, visando fazer um trabalho realmente profissional (todo escritor tem que começar com algo). Posteriormente eu digo onde será divulgado e como.

Agradeço o carinho de todos que me prestigiaram nessa nova fase 'blogueira'. E não precisam mais comprar o que eu havia vos pedido: eu mesmo me certifiquei de comprar (e meus dedos coçam para começar a lê-lo).

Postado por Little John às 14:01.