Citação:

"Ora afinal a vida é um bruto romance
e nós vivemos folhetins sem o saber."

- Sweet Home, Carlos Drummond de Andrade

Sobre o blog:

Narração dos fatos da vida de um universitário, aspirante a escritor de prosa e verso. Nesse passeio, o cotidiano, a amizade, a cidade natal, o amor e temas metafísicos ganham um enfoque literário sob a visão de quem escreve.

Sobre mim:

Meu humor atual - i*Eu!

Nome: João Francisco Amorim Enomoto
Nascimento: 20/10/1984
Idade: 21 anos
Estuda: Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP - Curso Bacharelado em Ciências da Computação
Família: Sandra, mamãe; Lumi, irmã; Pedro, irmão caçula.
Inspirações literárias: Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa, José Saramago, George Orwell, Clarice Lispector, Machado de Assis, Pablo Neruda, Italo Calvino.
Ouve: MPB, Bossa Nova, Samba.
Gosta: de todos os amigos que tem, ouvir música, sair com os amigos, filosofar, escrever, ler livros de computacao e literatura em geral.
Não gosta: gente egoísta, egocêntrica ou limitada na maneira de pensar.
Lendo: Um livro aqui, outro acolá.

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sábado, abril 03, 2004

De como erguer a cabeça em um dia triste

Sexta foi um dia de tristezas. Nem sei eu porque as tive (ou sei e quero calar) mas nada nem ninguém me animou. Estudei um pouco de Java e aprendi bastantes coisas. Não houve santo nem anjo que me anima-se, salve pequenas gozações, piadas de momento.

Talvez apenas no ponto de ônibus eu tenha ficado um pouco mais alegre (e daí que vem o título do post): vi um rosto conhecido e não era qualquer rosto. Referência a um passado não muito distante. Preciso assistir uma aula a noite na FEA. Será que o destino me reserva algo de muito bom? Quem sabe 2004 não seja ano de uma nova virada na vida.

Postado por Little John às 22:00.


quinta-feira, abril 01, 2004

O alfa e o ômega do melancólico dia 1º de abril

Há um tempo, e nem faz tanto tempo assim, começou um grande projeto de vida que prometia um futuro brilhante, digno do final cliche dos contos de fadas: "... e eles viveram felizes para sempre". Começou como algo pequeno, projeto de fundo de garagem, mas cresceu de tal maneira que parecia não ter controle. Cresceu-se de tal maneira que todos os dias valiam ser vividos como se cada segundo fosse sagrado; a poesia regressou no tempo e tornou-se trovadoresca, digna de ser cantada à bem-amada; as promessas eram expectativas de um futuro melhor. Fecundou-se no dia 1º de abril para que surgisse um grande amor.

No fim, o nascimento tão prometido morreu nas promessas as quais foi submetido, após os nove meses que se seguiram. O desespero pela morte do filho a tanto esperado levou um quase a se matar, a outra, ao descaso total (nessas linhas não sou eu quem escrevo). Os três meses posteriores foram dedicados a total introspecção, acompanhados de um lirismo irracional e pensamentos pouco cristãos. Em ômega, desataram-se os elos que nos prendiam, ou que me prendia a ela, deixei que fosse livre pelo amor empregado.

Pergunto a mim mesmo após um ano, se realmente a deixei completamente. Algo em mim ainda morre por ela.

Por Deus. Preciso arranjar outra menina pros meus olhos. Mas que neste 1º de abril, meu coração se faça grave.

Postado por Little John às 22:17.


quarta-feira, março 31, 2004

O cotidiano do ônibus

Hoje peguei um ônibus para vir para casa como em todos os santos dias. O mesmo nome, a mesma rota e ocasionalmente as mesmas pessoas. E São Paulo é um caos, creio que todos (ou quase) devam saber que a cidade é um tumulto que só ela sabe ser, com seu jeito paulista, quase se engulindo nas suas ruas sem fim. Não poderia ser diferente hoje porque hoje é um dia como todos os outros.

A visão se torna turva com o movimento gingado que faz o ônibus no seu caminho impreciso, mesmo que o caminho seja o de sempre. Nunca nos banhamos nas mesmas águas de um rio, por que haveria de ser o caminho sempre igual para as mesmas ruas? Fato é que embora caótica, São Paulo não perde sua beleza de final de tarde, marcado pelo círculo alaranjado próximo ao horizonte.

Aquele mesmo cara que vende doces para ganhar a vida, sempre pedindo perdão por incomodar a nossa (dos passageiros) viagem e argumentando futilmente que a vida está muito difícil, emprego é pouco no país do carnaval. Esse cara mesmo foi quem pediu ao motorista gentilmente que pudesse fazer o seu marketing com qualquer coisa que tivesse na mala. O motorista, estressado com seu cansativo dia de trabalho, sequer reluta: abre a porta traseira do ônibus. Eu me desprendi alguns poucos minutos de um livro, que lia todos os dias no ônibus por passatempo, para ouvir ao discurso do infeliz comerciante. Surpresa geral, quando ele tira da sua mala de mão dois fuzis, semelhantes aqueles que se usavam em guerras contra o terror e anuncia o assalto. Duas crianças que estavam ao meu lado esquerdo ficaram desapontadas, pois já haviam sacado da carteira a nota de um real para comprar as balas do tio. O vendedor-assaltante começa a limpa em todas as bolsas, carteiras, bolsos e meias dos que estavam dentro do transporte, a começar das duas notas de um real fragilmente erguidas pelas mãos dos dois jovens. Atrás de mim, um casal de namorados se beijava tranquilamente, quase de maneira a se tornarem um só corpo, ignorando a presença do bandito e seu discurso ácido. O motorista seguia viagem, como se nada estivesse a acontecer dentro daquele veículo. As velhinhas que estavam sentadas nos bancos da frente observavam atentas o bandido. Um cego, também na parte posterior, sentado logo atrás do cobrador, ficou desnorteado a pensar se não era por acaso uma brincadeira de péssimo gosto ou se de fato precisaria dar as suas economias ao suposto bandido. O livro ele não me tomou. Que valor haveria num patético livro? Para ele, decerto, nenhum.

Ele volta para perto do cobrador, o qual lhe dá todo o dinheiro que estava no caixa. Sempre reclamou aos passageiros quando estes não davam em moeda; afirmava nunca ter troco. Agora é que de fato ele não tem. Na saída (ele ainda apertou o botão de "Parada Solicitada") agradeceu a atenção dispensada e deu um tiro no cobrador com uma das armas, afinal, todo vendedor autônomo que cruza o ônibus-de-todos-os-dias dá uma balinha ao cobrador.

Postado por Little John às 20:36.


terça-feira, março 30, 2004

Quando o cansaço pede a sua alma

Eu odeio quando tenho uma boa idéia na cabeça e ela some em questão de alguns minutos.

Postado por Little John às 22:11.