Citação:

"Ora afinal a vida é um bruto romance
e nós vivemos folhetins sem o saber."

- Sweet Home, Carlos Drummond de Andrade

Sobre o blog:

Narração dos fatos da vida de um universitário, aspirante a escritor de prosa e verso. Nesse passeio, o cotidiano, a amizade, a cidade natal, o amor e temas metafísicos ganham um enfoque literário sob a visão de quem escreve.

Sobre mim:

Meu humor atual - i*Eu!

Nome: João Francisco Amorim Enomoto
Nascimento: 20/10/1984
Idade: 21 anos
Estuda: Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP - Curso Bacharelado em Ciências da Computação
Família: Sandra, mamãe; Lumi, irmã; Pedro, irmão caçula.
Inspirações literárias: Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa, José Saramago, George Orwell, Clarice Lispector, Machado de Assis, Pablo Neruda, Italo Calvino.
Ouve: MPB, Bossa Nova, Samba.
Gosta: de todos os amigos que tem, ouvir música, sair com os amigos, filosofar, escrever, ler livros de computacao e literatura em geral.
Não gosta: gente egoísta, egocêntrica ou limitada na maneira de pensar.
Lendo: Um livro aqui, outro acolá.

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sábado, dezembro 24, 2005

A Política hoje

Falemos sobre a política, mas sem visualizar ideologias, modelos econômicos, possíveis impactos sobre a economia ou repercussões sobre o cenário atual. Falemos sobre as pessoas e suas posições com respeito a política, a maneira como elas encaram esse assunto tão abominável e inevitavelmente necessário para a sociedade. Verdade é que discussões acerca de política não tendem a dar bons resultados ou não se chega a um consenso, além de não ser o assunto de predileção de conversas de bares ou momentos de reflexão de várias pessoas. Admitamos que nosso conhecimento sobre a política é raso. E não fazemos muita coisa (eufemismo para nada) para nos mudarmos e, consequentemente, mudar o nosso país e até mesmo o mundo. Mas voltemos às pessoas.

Posso classificar (de maneira bem grosseira) como a permutação de dois tipos bem característicos quando o assunto é política, e inclusive quando transcende esse patamar e atinge uma verdadeira dialética a respeito das teorias de Platão: o politicamente teórico e o politicamente ativo. O que os difere é justamente a palavra seguida do "politicamente". Isso gera uma combinação de quatro tipos possiveis na sociedade, segundo essa hipotética e rasa visão da população como um todo.

- os não-políticos: em suma, ator, cantor, animal, ex-esportista ou qualquer outro ser da mídia que explora sua imagem para mamar nas tetas do governo sem se importar o mínimo com o país. Um cidadão não-político simplesmente não se preocupa com a diretriz política do país e outorga o seu tão precioso direito de voto ao candidato que acreditar mais simpático. Ao ver escândalos a respeito de corrupção, caixa dois, etc, fica indignado e afirma que a culpa não é dele e sim da população que não sabe votar.

- os políticos teóricos puros: estes tentam ao máximo analizar as atuais condições da conjuntura política-econômica do país de tal modo a maximizar a oferta de trabalho, diminuir os juros e alavancar a economia do país. Se apegam a teorias clássicas de política para tentar arranjar uma solução para o país. O cidadão politicamente teórico analiza os planos de governo do político em questão, verifica a possibilidade de implementação e tenta montar um balanço que equilibre tudo isso. Se o político rouba, é corrupto, desvia verbas ou o que o valha, bem, isso não entra no balanço.

- os políticos ativos puros: talvez um dos tipos mais complicados de políticos. Se atrelam a um imediatismo puro e inconseqüente de causas consideradas sob o ponto de vista do político, incluindo caprichos totalmente desnecessários a sociedade. Acredita que os números não dizem nada quando há um povo passando fome, sem luz, saneamento básico, e tenta lutar (embora nunca ache uma solução) para os problemas que ele mesmo perscruta. O cidadão politicamente ativo é aquele típico extremista, massa de manobra, que segue ao pé da letra correntes políticas de pessoas que morreram sem contextualizar suas teorias na atualidade. Podemos colocar dessa maneira: política é igual ao futebol.

- os políticos teórico-ativos: raros e quase impossíveis de achar, tentam combinar as vantagens de ambos os lados, o da prática e o da teoria, para resolver os problemas de hoje. Aplicam-se em casos históricos e analizam padrões para perceber se aquilo é viável ou não, ao mesmo tempo que olham os cofres públicos, as necessidades do povo e outras coisas mais. Geralmente é expurgado da política (ou simplesmente não se reelege) por se preocupar demasiadamente com a política do país e não deixar as coisas como estão. Ou ainda, é caçado pelos puramente teóricos, por se mostrar demasiadamente eficiente no que faz, pelos puramente ativos, por ser moderado demais, e estes apoiados pelos não-políticos, para mostrarem que fazem alguma coisa. O cidadão que é meio teórico meio ativo é raro e cauteloso na escolha por um político. Mas por mais certa que sua escolha seja, a massa dos três anteriores é quem realmente decide quem manda ou não no país.

A história de um país se constrói em suas bases pelo povo e em um segundo plano pelos políticos. Se queremos mudar o mundo de alguma maneira, é melhor começarmos a nos enxergarmos e nos unir pois do jeito que andam as coisas tudo está como o diabo gosta. Basta olharmos para estes tipos e percebermos que fatalmente todos nós nos enquadramos em um deles, quando o ideal era simplesmente não haver tipo algum.

Postado por Little John às 03:26.