Citação:

"Ora afinal a vida é um bruto romance
e nós vivemos folhetins sem o saber."

- Sweet Home, Carlos Drummond de Andrade

Sobre o blog:

Narração dos fatos da vida de um universitário, aspirante a escritor de prosa e verso. Nesse passeio, o cotidiano, a amizade, a cidade natal, o amor e temas metafísicos ganham um enfoque literário sob a visão de quem escreve.

Sobre mim:

Meu humor atual - i*Eu!

Nome: João Francisco Amorim Enomoto
Nascimento: 20/10/1984
Idade: 21 anos
Estuda: Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP - Curso Bacharelado em Ciências da Computação
Família: Sandra, mamãe; Lumi, irmã; Pedro, irmão caçula.
Inspirações literárias: Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, João Guimarães Rosa, José Saramago, George Orwell, Clarice Lispector, Machado de Assis, Pablo Neruda, Italo Calvino.
Ouve: MPB, Bossa Nova, Samba.
Gosta: de todos os amigos que tem, ouvir música, sair com os amigos, filosofar, escrever, ler livros de computacao e literatura em geral.
Não gosta: gente egoísta, egocêntrica ou limitada na maneira de pensar.
Lendo: Um livro aqui, outro acolá.

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sexta-feira, março 03, 2006

Sumário da vida

Oito anos
Doze anos
14 anos

Dezoito anos

Lembro quando ainda havia
Toda aquela fantasia
De poder se tornar maior.
Quando todo o proibído
Se abriria como um mar
Onde poderia me atirar.

Sonhei com muita coisa
Que não possuia na infância
E então poderia querer:
Quis um amor para sempre,
Quis sair de casa,
Quis dirigir um carro.

Vivi em tempos de querer
E percebi que era o mesmo
Que viveu em outros tempos.
Hoje perdi o meu brilho
Sou dezoito anos de lembrança,
Um passado que se revisita.

Nunca mais a brincadeira,
Nunca mais a alegria,
Nunca mais o samba,
Nunca mais o sambista,
Nunca mais o poema,
Hoje apenas melancolia.

21 anos

Tenho vinte-e-um anos
E uma vontade me sobe fria:
Perder tudo que tenho
E o resto caber em uma mochila.

Tenho vinte-e-um anos
E a outra vontade me revisita:
Ter minha própria vida,
Ganhar meu dinheiro com poesia.

Tenho vinte-e-um anos
E a vontade em mim termina:
Fazer de minha vida
Aquela sempre eterna partida.

Agora e sempre,
Até a próxima idade
Que o tempo me sentencia.

Postado por Little John às 20:29.


quarta-feira, março 01, 2006

Ode ao silêncio

Cortem todos os fios e cabos
Queimem todos os papéis,
Todos os livros
Queimem Alexandria novamente
Destruam toda a tecnologia
E aqueles que a fazem todos os dias
Acertem pauladas em placas, semáforos
Nos sinais, nos dicionários, nas pessoas
Tornem tudo amorfo e incomunicável.

Não falem: parem todas as palavras e sinais
Condenem as pessoas com vossos dedos sujos
Apontem rostos desconhecidos e esfregue sua culpa em seus rostos
Prenda-as, atirei-as a masmorras e torres de solidão
Façam um julgamento injusto
Criem penas desumanas
Costurem as bocas
Cortem as mãos
Fechem os olhos para sempre
E nas ruas deixem um som insuportavelmente alto
Sem músicas, o tom pelo tom
Matem toda a palavra e os que a proferem,
Proíbam e condenem.

Que dos céus chamem os que merecem a salvação
E mesmo sem palavras eles entendam
E subam aos céus.
Depois, que o mundo seja entregue à sua continuação
Surjam pestes, doenças, fome
Que as pessoas morram sem entender
E em sua morte surja o entendimento.
Condene-nos todos a morte.

Que dos céus surja uma nova luz,
Uma nova humanidade
E assim como nos tempos da criação,
Quando o verbo tinha seu valor,
Brote da semente na terra uma nova esperança.
Batizem-na de poesia,
E que ela traga a paz de novo ao mundo.
Que nós todos espereremos.

Postado por Little John às 12:17.